domingo, 2 de junho de 2013

DO "CAMINHO SUAVE" AO TABLET EM SUAVES PRESTAÇÕES

Como era a leitura no nosso tempo de aluno

Tínhamos que avisar com antecedência nossa mãe, para ter dinheiro para a passagem do ônibus.
Tínhamos que nos aprontar para sair (banho, lanche ou almoço)
Esperar o ônibus passar para ir até o ponto final, porque dali há dez minutos  ele passaria de volta para levar-nos à biblioteca municipal.
Chegando lá não era raro esperarmos na fila para adentrarmos. Depois disso ficávamos ao lado da mesa para oito pessoas, aguardando quem primeiro a desocupasse para podermos tomar o seu lugar.
Só podíamos entrar com papel almaço e lápis para copiar o que precisávamos dos livros.  Esses livros tínhamos que esperar também outros colegas desocuparem para podermos fazer os "trabalhos" solicitados pelos professores.
Terminado o o estudo, voltávamos a esperar o mesmo ônibus, geralmente lotado pois o horário coincidia com o pico de trânsito e saída dos trabalhadores. E lá se ia uma tarde inteira para podermos resumir um assunto que preenchia a folha inteira de papel almaço. No dia seguinte, passávamos a limpo o trabalho escolar.
Se precisássemos de um livro para leitura curricular, tínhamos que ser bem ágeis e nos antecipar, ou esperar quem fosse mais ágil que nós, terminassem de ler o livro da biblioteca circulante. Raramente podíamos comprar um livro para isso e os nossos professores procuravam autores que tinham seus livros impressos em papel jornal porque eram mais baratos. Éramos aconselhados a termos em mãos um dicionários para descobrirmos palavras novas contidas nesses livros.
Lembro de um concurso na década de 80 para ganhar um computador em que a a resposta escolhida para "Para que você quer um computador?" foi: "Para ter um programa na ponta dos dedos" . Naquela época era o começo dos computadores pessoais e mal se conhecia a internet.
Hoje, muitos de nós que perdemos o hábito da leitura, talvez não percebamos  o tesouro que temos nas mãos:

-Os livros que antes tínhamos que comprar estão todos praticamente digitalizados e disponibilizados gratuitamente.
-O dicionário (cheio de orelhas e surrado de tanto uso) agora são vários "on line"
-Quando deparávamos com palavras estrangeiras ficávamos na ignorância. Hoje temos a possibilidade de traduzir qualquer palavra de qualquer idioma com apenas alguns cliques.
-Nomes de regiões e cidades que antes ficavam na nossa imaginação ou em algumas escassas fotos da Barsa, Delta Larrousse ou ilustração da Conhecer, hoje estão disponíveis em imagens e vídeos, reportagens armazenadas e  acessadas em questões de segundos incluindo sua localização exata  no Google Maps.Uma loja, uma residência citada podem ser até visitadas como se estivéssemos passeando na calçada , basta apenas ter o endereço!

Mas o que fazemos com toda essa tecnologia disponibilizada?



Por Maria Auxiliadora R. Andrade


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